
Nunca pensei que fosse doer tanto, mas doeu, doeu muito. Eu não tinha mesmo nenhuma alternativa a não ser doar minhas três princesas, por isso fui obrigada a tomar essa difícil decisão. Ontem, nem sequer dormi preocupada em não perder a hora para poder vir hoje a Maringá e encontrar-me com os futuros donos de minha princesa Milla. Porém, não consegui chegar a tempo e quando cheguei à clínica veterinária, ela já tinha ido embora.
Não dá para explicar o aperto no coração, a sensação de vazio, a tristeza, o sentimento de que uma parte de mim foi embora.
É inevitável que uma depressão tome conta de mim por algum tempo.
Só o que me resta agora é esperar que os felizardos que a levaram consigo tratem-na com o mesmo amor e desvelo com que sempre lhe dediquei.
Tenho duas fotos dela que guardarei eternamente como lembrança e uma música que compus em sua homenagem quando ela foi castrada aos seis meses de idade.